Os pilares da Shonen Jump (2002-2020)

Os pilares da Shonen Jump (2002-2020)

01/11/2018 16 Por Crive

Se o post anterior ( Os pilares da Shonen Jump 1990-2002) trazia algumas informações novas para os leitores, este provavelmente compreende um período extremamente mapeado da Shonen Jump. Certamente falar sobre os pilares da Shonen Jump (2002-2020), é comentar sobre uma época que a maioria de nós, que gostamos de mangá hoje em dia, acompanhou semanalmente.


Provavelmente, se você conheceu a Shonen Jump por Bakuman ou antes de 2010, essa é a época que você mais tem lembranças. Esse foi o tempo onde a revista tinha o ranking o mais definido possível, fato que só foi mudar em idos de 2011, quando as posições começaram a ficar mais nebulosas.

Os pilares da Shonen Jump (2002-2020)

O ano de 2003 foi o último ano antes de Bleach se tornar um fenômeno de popularidade. O mangá de Tite Kubo era inconstante na revista, variando suas posições entre 1º e 2º lugares a até 10º lugares. Contudo, o mangá de Naruto já era totalmente consolidado, vivendo uma fase cativante no final do Exame Chounin (talvez o melhor momento do mangá) e rivalizando de igual para igual com One Piece que estava em Skypea. A terceira posição era ocupada por dois mangás que alternavam bastante – Prince of Tennis e Eyeshield 21. O mangá de Bobobo-bo Bo-bobo também tinha bons resultados, mas uma oscilação já conhecida de mangás no início. O top 5 das ToC’s daquele foi:

Os pilares da Shonen Jump (2002-2020) - imagem 01 -capa Prince of tennis
  1. One Piece
  2. Naruto
  3. Eyeshield 21
  4. Prince of Tennis
  5. Bleach

Quatro novos mangás chegaram a revista nesse tempo, Death Note (12/2003), Gintana (12/2003), D.Gray-man (05/2003) e Reborn (05/2003).

O Big 3 (2004-2011)

A chegada coincidiu com a ascensão de Bleach, de tal forma que vimos a era mais estável entre os pilares da Shonen Jump (2002-2020). Se no começo de 2004 o mangá era iregular nos rankings, no final de 2004, com o clímax da saga da Soul Society, ele era claramente o 3º mangá mais popular da revista. Todos os estreantes nunca se figuraram no topo da revista. Assim como Bakuman, Death Note sempre foi um mangá de meio de tabela e que eventualmente pegava um Top 3.

Os pilares da Shonen Jump (2002-2020) - imagem 02 - big 3

Os anos seguintes foram muito estáveis. As próprias capas da Jump diziam isso na época, a segmentação era bastante clara.

Os pilares da Shonen Jump (2002-2020) - imagem 04
  • Topo (Big 3): One Piece, Naruto e Bleach
  • Meio: Death Note, Prince of Tennis, Eyeshield 21, D.Gray-man, Reborn, Bobobo-bo Bo-bobo, Muhyo & Roji’s Bureau of Supernatural Investigation, Neuro
  • Bottom: vários mangás próximos ao cancelamento

Os pilares da Shonen Jump (2002-2020) - imagem 05

Passou 2005, 2006 e 2007 e a revista permanecia igual. Por mais que alguns mangás ameaçassem chegar ao topo, como foi Reborn e Eyeshield 21, em algumas oportunidades. Contudo logo voltavam as suas posições rotineiras. Essa era foi marcada por diversos mangás que entravam na revista e eram cancelados rapidamente. Era muito difícil fazer sucesso na revista. Os mangás de topo e meio tinham um fanbase consolidada e dificilmente mudavam de posição.

Só para exemplificar, o mangá de Psyren, estreiou em 2007, apesar de ser bastante elogiado, foi cancelado em 2010. Em resumo, era bastante difícil encontrar lugar em uma revista uma vez que cada vaga já estava preenchida. Posteriormente outro caso foi Double Arts, do mesmo autor de Nisekoi. Nunca foi tão difícil emplacar uma série na Shonen Jump.

 imagem 06 - psyren

Toriko das 1000 Chances:

O volta de Shimabukuro depois da condenação foi com Toriko em 2008. O mangá não teve um impacto imediato. Contudo, com um esforço muito grande da revista, que praticamente dava capas para Toriko semana sim semana não, por volta de 2009, Toriko começou a ultrapassar Bleach nas posições, tornando-se a 3ª força do Big 3.

Os pilares da Shonen Jump (2002-2020) - imagem 07

O que agravou mais ainda a decadência de Bleach foi o início da saga dos Fullbringers. Isso impactou de tal forma que levou os rankings do mangá de topo para bottom em semanas, apesar de sempre vender mais que Toriko. Ichigo parou de posar para foto com Luffy e Naruto e começou a andar com Gintoki, Mashiro e Bosun. O ano de 2011 foi o último em que Bleach teve resultados satisfatórios.

Entretanto, a estrutura da revista não mudou muito, ainda sim era difícil emplacar algo novo. Alguns mangakás que fazem um imenso sucesso nos dias atuais tiveram cancelamentos nessa época, foram os casos de: Kouhei Horikoshi (Boku no Hero Academia) e Haruichi Furudate (Haikyuu!!) com  Oumagadoki Doubutsuen e  Kiben Gakuha, Yotsuya-senpai no Kaidan, respectivamente.

Ademais outros mangás relevantes na época foram Bakuman, Sket Dance, Beelzbub, Gintama e Nura, mas nunca tiveram um sucesso expressivo, eram um sólido meio de tabela.

Uma nova era (2011 – 2018)

Kuroko

Por mais que Toriko fosse parte do Top 3 da Jump, ele nunca foi uma unanimidade. As vendas nunca foram altas, as posições eram sempre entre 3º e 4º, mas nunca apresentava picos de 1ª colocação. Só faltava alguns detalhes para algum mangá roubar seu lugar.

Todavia, nesse período não se constituiu um novo Big 3 com outro mangá, as variações foram muito grandes. Isso começou com várias estreias importantes para a revista. Em abril de 2011 chegava Haikyuu!! as páginas da Shonen Jump, embora não fosse um sucesso instantâneo, foi extremamente elogiado. Ao mesmo tempo outro que chegava era Nisekoi, em novembro do mesmo ano.

Os pilares da Shonen Jump (2002-2020) - imagem 08

Contudo, o mangá que chegou para quebrar a banca foi Assasination Classroom em 2 de Julho de 2012. A série simplesmente explodiu em popularidade, uma vez que seu quarto capítulo chegou a pegar a 1ª posição em uma ToC.

Além disso, em abril de 2012, o anime de Kuroko no Basket chegava como uma série da Production I.G, fazendo que um mangá que estreiou 2008, ao passo que por 4 anos ficou a beira do cancelamento, se tornar-se um fenômeno nacional. Em poucas semanas, Kuroko no Basket pulou do bottom para o topo da revista. PSI Kusuo Saiki também foi bastante popular nesse período.

A estabilidade da revista foi quebrada, sendo as únicas constantes – One Piece e Naruto. Abaixo delas, as mudanças eram frequentes. Em meados de 2013, ainda chegaram outras mangás que bagunçaram a revista, foi o caso de Shokugeki no Souma e World Trigger. Esse foi um grande momento para estreias, mangás com apelo e de qualidade conseguiam se manter na revista com certa tranquilidade. As capas retratam a mudança constante da época.

Os pilares da Shonen Jump (2002-2020) - imagem 09
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1 pilar da Shounen Jump se Segura

O ano de 2014 foi marcado pela maior instabilidade do ranking, a principio, por mais que tivéssemos mud nesse momento, nem Naruto mais era unanimidade. O mangá que chegava ao final, já não tinha um apoio tão grande dos fãs. Dessa forma vimos um dos pilares chegar a se posicionar em 9º em algumas ToC’s, coisa que não acontecia desde seus primeiros anos. Os pilares da Shonen Jump (2002-2020)

No final do ano, chegavam mais estréias que mudariam ainda mais a cara da revista como Hinamaru Zumou e Boku no Hero Academia. Além disso, Kuruko no Basket e Naruto foram finalizados.

Os pilares da Shonen Jump (2002-2020) - imagem 11 - uma nova era

No ano de 2015, o único mangá que durante todo esse tempo se manteve estável (One Piece) começou a fazer pausas frequentes, tornando o ranking ainda mais confuso. Em uma semana Haikyuu!! era o primeiro, na outra Boku no Hero Academia, às vezes era Souma em outras Assasination Classroom, então Black Clover pegava 1º lugar no seu oitavo capítulo rankeado. Com o fim de Assasination Classroom em 2016, começou a existiar uma estabilidade no topo que era formado por One Piece, Boku no Hero Academia e Black Clover, e talvez hoje podemos chamar esses mangás do atual Big 3.

Previsões Pilares da Shunen Jump (2018 – 2020)

Youkuso no nerveland

Eu prevejo que nos próximos anos exista uma pequena mudança no topo da revista. Atualmente, Haikyuu!! passa por uma saga decisiva e The Promised Neverland tem um anime para o início da 2019 da Production I.G. Portanto, eu creio que nos próximos anos Black Clover, principalmente, vai cair um pouco dando lugar a esses dois mangás. Além disso, é provável que Hinamaru Zumou cresça com o anime dessa temporada.

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